Dicionário Histórico

Olá alunos

Segue o Dicionário Histórico do 2º Bimestre.

>>> Dicionário histórico 2 bimestre <<<

Esta atividade não estava prevista na distribuição de pontos e, por isso, substitui a pontuação destinada a Participação pela realização do Dicionário Histórico (3 Pontos).

A entrega será uma semana após o término da greve dos professores.

Por favor, aqueles alunos que tiverem contato com outros colegas, avisem que esta atividade está disponível neste blog.

Obrigada

Escravidão e Comércio no Mundo Moderno: Slides

Olá alunos

Segue o link de uma apresentação de slides para estudo e complemento da matéria.

Tema: “Escravidão e Comércio no Mundo Moderno – Circuitos do tráfico de escravos (Novo Mundo, África e Europa)”

>>>>_Escravidão<<<<

Abraço a todos!

A transição do feudalismo para o capitalismo

A Baixa Idade Média é caracterizada por um conjunto de transformações socioeconômicas e conseqüentemente políticas, culturais e religiosas.

A nobreza feudal, durante os séculos seguintes, manteve a cobrança de tributos sobre os mercadores que passaram a transitar por suas terras e, assim, preservou seus Exércitos, sua moeda e suas leis.

Também aumentou o consumo de artigos de luxo provenientes do Oriente e, para isso, eliminou gradualmente as relações servis de produção, desobrigando-se de ceder terras a um número cada vez maior de servos -ao mesmo tempo em que criava um excedente de trabalhadores e transformava obrigações costumeiras em monetárias.

Desde o século XI, o sistema feudal entrou em crise e surgiram os elementos pré-capitalistas. O desenvolvimento do comércio, das cidades e sobretudo de uma nova classe social foram os elementos que determinaram a ruína dos senhores feudais, pressionados por novos interesses econômicos e políticos.

A reabertura do Mediterrâneo ao comércio cristão, intensificando as relações entre o Ocidente e o Oriente, estimulou o desenvolvimento das atividades urbanas em detrimento da produção agrária, desmonetarizada e tendente à auto-suficiência, assim como fortaleceu a camada burguesa que, aliada aos reis, se confrontou com os interesses da nobreza.

O rei, com o apoio da burguesia, fortaleceu sua autoridade e centralizou o poder, substituindo o poder local pelo poder nacional.

Nessa época, entre os séculos XV e XVI, o Velho Mundo assistia a ascensão da burguesia mercantil, à formação das Monarquias Nacionais, à afirmação da cultura renascentista e à ruptura da unidade cristã na Europa ocidental em decorrência da Reforma Protestante.

O quadro econômico europeu altera-se profundamente com o término das Cruzadas no século XIII, o que provocou a reabertura do mar Mediterrâneo e o Renascimento Urbano e Comercial. O comercio desenvolvido nesse período era dominado por importantes cidades portuárias italianas, destacando-se Gênova e Veneza, que controlavam a ligação da Europa ocidental com os principais centros comerciais do Oriente Próximo, como Alexandria e Antióquia, além de Constantinopla, capital do Império Bizantino.

Durante o século XIV, a Guerra dos 100 Anos, associada à peste negra e à fome, afetou não apenas a economia feudal, já decadente, mas também o dinâmico comércio mediterrâneo, verificando-se aí, o que se convencionou chamar na História de “crise de retração” do comércio europeu,.

Já no século XV, fala-se numa “crise de desenvolvimento”, devido a escassez monetária e a necessidade de novos mercados para o comércio europeu. Nesse sentido, a expansão Marítima poderia reativar o comércio da Europa ocidental com o Oriente, quebrando o monopólio italiano nessa região, além de poder representar um afluxo de metais preciosos, obtidos através do comércio ou da exploração de jazidas descobertas.

Na esfera social, destaca-se a projeção da burguesia, que desenvolveu-se enquanto classe, com o próprio crescimento do comércio monetário. Numa economia que tendia cada vez mais para o caráter comercial e urbano, era importante a padronização monetária, como também a centralização da defesa militar e elaboração de leis nacionais. A burguesia assim, alia-se aos reis, que diante da crise do feudalismo, concentram cada vez mais poderes em suas mãos, resultando na formação das Monarquias Nacionais, das quais a primeira foi Portugal em 1385 (Revoluçaõ de Avis).

A formação desses Estados Nacionais, marcou a estrutura de poder nesse período de transição e a aliança entre rei e burguesia, apesar de conjuntural, estava muito bem definida. Para burguesia, este Estado com poder centralizado era de fundamental importância, pois além de possibilitar a padronização monetária, e a criação de leis e exércitos nacionais, representaria uma importante retaguarda para os empreendimentos, tanto no estabelecimento do protecionismo alfandegário, como para conquistar militarmente outros mercados. Já para os soberanos, era importante estar ao lado da burguesia, pois esta representava a iniciativa privada para o comércio, que ampliado, proporcionaria uma maior arrecadação de impostos e o consequente fortalecimento do poder real.

Feudalismo

Conceito

Sistema social que se desenvolveu na Europa medieval (Baixa Idade Média) a partir da desagragação do escravismo romano e das chamadas invasões bárbaras dos séculos VIII ao IX. Caracterizava-se, do ponto de vista político, pela ausência de poderes estatais fortes e bem constituídos e pelo fortalecimento do poder local dos senhores; do ponto de vista econômico, pela tendência ao isolamento das unidades produtivas (senhorios) e a uma economia de subsistência; do ponto de vista social, pela utilização do trabalho servil e pela organização da sociedade em redes, através dos laços de suserania e vassalagem.

Antecedentes

O feudalismo europeu é resultado da síntese entre a sociedade romana em decadência e a sociedade “bárbara” em evolução. Os normandos estabeleceram seu domínio sobre o mar Báltico e o mar do Norte e os muçulmanos sobre o mar Mediterrâneo; a crise romana acelerou o processo de ruralização da Europa (em curso desde o século III), aumentando a tendência a uma economia agrária e auto-suficiente, e reforçou os poderes políticos locais.

Roma contribuiu para a formação do feudalismo com os seguintes elementos:
· a propriedade rural auto-suficiente;
· a ligação do trabalhador à terra;
· a Igreja torna-se a principal instituição medieval. Os povos chamados bárbaros contribuíram com os seguintes elementos:
· uma economia centrada nas trocas naturais, ou seja, voltada para a subsistência;
· o estabelecimento de relações de fidelidade e reciprocidade entre os guerreiros e seus chefes;
· o direito consuetudinário (os costumes herdados dos antepassados possuem força de lei).

Características

Políticas:

  • Ausência de poderes estatais fortes e bem constituídos.
  • Fragmentação da soberania
  • Decomposição do Estado
  • Substituição de um sistema jurídico por laços e sujeições pessoais regulados pelo costume.
  • Fortalecimento do poder local/regional dos senhores, encarregados, dentre outras coisas, da segurança e da defesa.

Econômicas:

  • Forma de trabalho dominante: servil. Trabalho compulsório (≠ escravo).
  • Trabalhador preso à terra.
  • A economia era basicamente agro-pastoril.
  • Tendência ao isolamento das unidades produtivas e a uma economia de auto-suficiência, com trocas naturais, raramente monetárias.
  • O comércio, embora existisse tanto em âmbito local (trocas naturais) como em longa distância, não era a atividade predominante.
  • O comércio em longa distância funcionava com trocas monetárias e, a partir do século XII, terá um papel fundamental nas transformações da economia europeia.
  • Fortalecimento gradual de uma economia urbana e comercial paralelamente à rural.

Sociais:

  • Sociedade estamental: a posição social é determinada pelo nascimento, o mesmo acontece, em geral, com os ofícios; a mobilidade é praticamente inexistente.
  • Divisão em três ordens: os que oram/os que lutam/os que trabalham.

  • Sociedade organizada em redes: laços de suserania e vassalagem.
  • Relações de obrigações mútuas entre o suserano e o vassalo e entre o senhor e o servo.